segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Alô! Oi! Som! Teste!

Oi!
Espero que tenham curtido os posts anteriores, e goste ainda mais das coisas que você vai ler e ouvir a partir de agora.
Muitas pessoas têm solicitado a participação aqui, e eu vou escrever o que sempre digo: mande os textos sobre o tema que quiser, que eu publico. É óbvio que eu não preciso especificar o "que quiser".
Por motivos que não precisam ser citados aqui, a postagem que seria quinzenal, acabou sendo mensal.
E lá vamos nós outra vez, com muitas palavras, protestos, opiniões das mais diversas.. e muita música, é claro.
Seja bem-vindo quem vier por bem.

Bandas que deveriam voltar: Spring Garden

Entre "milhares" de bandas que surgem frenquentemente por aqui, entre as que conseguiram se destacar estava a Spring Garden. Composta por: Eduardo (voz), Bruno (bateria), Jacob (baixo) e Nailton (guitarra), a banda teve várias de suas músicas tocadas no rádio, e até bandas das cidades vizinhas "coverizando" suas canções.

Por que a banda Spring Garden acabou?

Bruno responde: "A banda teve seu fim por motivos de tempo dos músicos, de um lado trabalho, e por outro, estudos. E pra consolidar mesmo o fim da Spring Garden, Eduardo (vocalista) mudou de estado provocando o fim da banda definitivamente, e eu não quis substitui-lo, porque a banda já tinha sua identidade e mudar não seria o meu propósito"

Forasteiro - Ariel Fernando

Breve análise da música alternativa Ilheense

Antes de opinar com esta análise, peço permissão para apresentar-me. Meu nome é Ariel, sou instrumentista e já participei de várias bandas de Rock e Heavy Metal na minha cidade natal, São Luís-MA, que deixei em busca de novas oportunidades acadêmicas e profissionais, e vim parar aqui na região sul-baiana, com uma boa carga de experiência musical, porém um anônimo num lugar onde tive que começar a carreira novamente. Retornar aos palcos estava difícil. Depois de bastante tempo procurando músicos que encaixassem propostas, recuperando meu equipamentos que eu havia vendido por conta das mudanças de cidade, finalmente consegui me tornar baterista da banda de rock Enttropia. Porém as dificuldades estavam apenas atingindo um nível maior e enfim, o começo da história vai se misturando com a proposta inicial de escrever um texto sobre a música alternativa aqui em Ilhéus, e porque não Itabuna. Um dos primeiros obstáculos sempre foi arranjar um lugar para ensaiar, ainda mais numa cidade “não muito ativa” nesse mercado musical.
Construí meu próprio estúdio, col
ando caixas de ovo e espumas num quarto vago da minha casa alugada. Os ensaios pelo menos fluíram. Em pouco tempo estávamos prontos pra tocar. Mas tocar, onde? Onde estavam os eventos? Desde que cheguei, em 2007, o maior suspiro produtivo das bandas locais, na minha opinião, foi o Festival Chocolate Groove, embora não totalmente satisfatório pois não manteve acesa a chama do movimento cultural alternativo como deveria. Além disso, somente eventos ora totalmente underground, com produções ‘armengadas’, ora totalmente contraditórios à proposta da alternatividade musical, expondo bons artistas a troco de nada em nome de sua marca. Eu já sabia que no nordeste inteiro as coisas eram difíceis para músicos alternativos, mas a coisa aqui poderia ser diferente, devido à proximidade com a região sudeste e o incrível trânsito de pessoas forasteiras. Engano meu. Como muitas cidades do interior, a mentalidade geral rejeita os estilos musicais alternativos como Rock, Metal, Hip Hop etc. Desde quando cheguei em Ilhéus, ficava me perguntando porque a cidade não tinha um circuito alternativo consolidado; não é por falta de artistas, não é por falta de público. Existiam bandas, afinal. E pessoas querendo se divertir. Cadê o empreendedor pra explorar isso? E não demorou muito pra entender o nível em que estava essa região no quesito profissionalismo. Não existem produtores alternativos experientes nessa área. Sequer uma aparelhagem de som acostumada com shows de rock estava acessível. Mas qual era o problema central afinal? Simples. O senso comum dessa região acha que roqueiros, metaleiros, regueiros e rappers são a escória do mundo musical. Amadores, no estrito sentido da palavra. Os músicos de outros estilos têm o direito de ter seu contratinho assinado, ganhar seu dinheirinho em porta de bares, terem todos os espaços abertos para suas produções. Nós da música alternativa não. Somos doidos fazendo barulho, e não música, para outros doidos. O que faz uma pessoa preferir pagar dezenas de reais em artistas de axé e afins, que vêm de fora com suas megaproduções, ao invés de pagar 5 conto numa produção alternativa de músicos locais de rock and roll por exemplo? Foi simples entender a resposta. Com a realização da minha primeira produção de um show por aqui pude perceber que qualquer produtor, não sentiria confiança no público, pois ele tem resistência com esse tipo de produção; pela falta de experiência. Isso se reflete no medo dos patrocinadores, e consequentemente falta de recursos para manter o nível de produções contínuo. Se não há produtores confiantes, não há shows, as bandas não evoluem e isso não atrais mais público, sem alimentar a engrenagem da contracultura local. O ciclo da música alternativa não gira se todos os fatores não contribuem para isso. O público vai preferir outros atrativos, digamos, mais “populares”. As bandas não vão sair do amadorismo. Os produtores não vão querer tomar prejuízo. E sem a ousadia de todas essas partes, o destino dos músicos alternativos dessa região vai ser sempre: ficar trancafiado em garagens e estúdios tocando, enquanto o público prefere pagar mais por produções mais bem elaboradas, mas cujo foco não é necessariamente o prazer musical, e sim o lucro dos produtores, que na maioria das vezes, nem daqui são. Na minha opinião a solução vem de dentro de nós, artistas, músicos, de artes que não pagam jabá, não são feitas por amor ao dinheiro e sim amor à própria arte. Não podemos aceitar esse desprezo pela nossa profissão (que devido a falta de pagamento muitas vezes se transforma em hobby). Façamos nós mesmos nossa própria profissionalização, nossa própria produção, visando pelo menos, reconhecimento, se o lucro não for possível. Filosofia do Faça-você-mesmo. Somente com o reconhecimento do público, os locais de eventos e os produtores vão entender que existem profissionais competentes dentro do Rock, do Heavy Metal e outras vertentes não favorecidas da música. As ferramentas como a internet nos ajudam a divulgar e buscar informações. E com uma dose de sorte, o público vai se renovar e passar a entender que seu dinheiro será bem investido, que o retorno virá com mais empolgação das bandas, mais capricho nas produções e que vale a pena investir no que é daqui. O músico alternativo precisa entender que neste mercado não existem concorrentes, e sim colegas de profissão, pois se uma banda cresce, o cenário todo cresce e as outras bandas evoluem junto. Tá todo mundo lascado mesmo, porque não se unir? Ninguém vai ganhar mais ou menos com isso (Aliás, existe algum rockstar grapiúna que se sustenta com música?). Não podemos é continuar aceitando contratações de boca, descaso com a qualidade de estrutura e sonorização, dentre outras escravizações. Deixo para os que estão lendo, a idéia de fazer uma associação de bandas, compartilhando modelos de contrato, piso mínimo de pagamento por apresentação e autogestão dos eventos, troca de idéias sobre projetos de captação de recursos, etc. Penso que só isso fortaleceria a contracultura sul-baiana. Basta se organizar, mostrar que somos profissionais de verdade e não animais barulhentos, que os donos de estabelecimentos de entretenimento vão perceber que somos, apesar de tudo, uma boa fonte de renda pra eles. E nós ganhamos espaço com isso. Conseqüentemente o público dará mais credibilidade às produções locais, e vai ousar sair à noite pra ouvir música boa e investir dinheiro nas coisas boas, e alternativas, da vida.


Ariel Fernando

Música própria - Roma Negra - Vendaval

A banda Roma Negra é composta por: Rilson Dantas (voz) - Sérgio Carvalho (guitarra) - Moisés (baixo) e Wagner Silva (bateria). Pra quem ainda não ouviu, essa é a primeira música de trabalho da banda, que está tocando todos os dias na rádio Morena fm. Esse clipe foi feito com fotos da primeira apresentação da banda na Tv Santa Cruz, no jornal Bahia meio-dia. Fotos de Márcia Mascarenhas, "tiradas" direto da televisão.

Ps: O baixista na época da gravação era o grandioso Valmar Cardoso.
Ps2: Escrevo no blog, e ainda não havia puxado "uma sardinha" pra minha banda, sacanagem.



Composição do mês: Tio Maruzo - Paredão

"No dia 18 de abril de 2006, a banda Tio Maruzo dá inicio às suas atividades musicais na cidade de Itabuna Ba. O projeto foi formulado por Saulo Leal em meados de 2003, teve formações efêmeras ao longo dos anos de 2003 e 2005. Em 2006 ganhou a adesão de músicos fixos que se manteve até julho de 2008. Entre os anos de 2006 e 2008 a banda pôde gravar"... - Saulo Leal.

Escrever um texto sobre: Desabafos repetitivos


Os carentes só são carentes, porque acham pessoas que alimentam sua carência. Se um indivíduo chegasse pra você e dissesse: "Essa vida é horrível, eu vou me matar"
e você: "Olha, se é o que você quer..dou o maior apoio"
ou então: "Ninguém gosta de mim"

e você: "Pior que é verdade, você é uma das pessoas mais rejeitadas do mundo"

Eu duvido muito que esse ser cheio de melancolias ia encher teu saco de novo.


As pessoas só nos dizem coisas, ou pedem conselhos, porque já sabem o que vão ouvir.

Você não vai pedir conselhos sobre sexo pra um padre, nem tão pouco perguntar pra um militar
se você deve, ou não, fazer justiça com as próprias mãos.

Então, você vai ficar muito mais tranquilo, se surpreender gente dessa estirpe e dizer coisas que nem você mesmo esperava.

Conversar com um amigo sobre seus problemas é muito normal, mas chorar lágrimas repetidas sobre um "motivozinho" qualquer, tenha paciência. Portanto, quando for me alugar se prepare, você vai ouvir
algumas coisas das quais você pode não se livrar tão cedo.

Quer uma dica?

Desabafe com o travesseiro.

ENTRE e veja alguns pontos de VISTA


A entrevistada dessa quinzena é a cantora e comunicóloga, Laísa Eça. Conheça suas opiniões, suas implicações e seu gosto musical, entre outros assuntos que você só vai saber se continuar lendo.

Como e quando começou seu “gosto” pela música?

Eu sempre disse: “Ah, meu irmão é músico e me incentivou e talz...” mas a verdade é que comecei com Xuxa, É o Tchan, Chiquititas, Sandy e Júnior e coisas do tipo. Adorava ficar cantando e dançando na sala. Quando tinha coreografia então, eu me esbaldava. Mas fui crescendo e aí entrou a participação do meu irmão que estava sempre procurando videoclipes que pudessem chamar minha atenção e me fazer esquecer o “É o Tchan”. E ele bem conseguiu com o clipe “Ironic” da Alanis Morissette. Invoquei que queria cantar igual a ela e aprender todas as músicas. Eu tinha 11 anos.


A banda Manzuá “ganhou” em segundo lugar como melhor banda com mais de trinta concorrentes, você e Brisa dividiram o prêmio de melhor intérprete no festival Multiarte, pela FICC. Qual a sensação de ter seu trabalho reconhecido?

Bom demais! Não tem coisa melhor do que estar em um palco tocando, cantando e ver que o público está curtindo a apresentação, cantando junto, aplaudindo no final. Isso faz com que a gente acredite cada vez mais no nosso trabalho e procure estar sempre evoluindo. A gente busca melhorar as apresentações, uma após outra. O prêmio foi uma surpresa! A gente se inscreveu no festival com o simples objetivo de mostrar o nosso som a quem estivesse naquele auditório. Sinto que conseguimos! A premiação foi um detalhe a mais. Muito bom, diga-se de passagem! (risos)

Você mudaria completamente seu estilo (músicas, roupas, comportamento) por um contrato numa grande gravadora?

Rapaz...pergunta difícil! Eu estou sempre mudando. A idéia de mudar não me assusta muito. As vezes até sinto um impacto, mas acostumo logo! Agora mudar por causa de um contrato eu não sei dizer. Detesto tudo que me obrigue a fazer algo que não gosto. Mas também não quer dizer que não faça. Se tratando de banda, sei que muita coisa precisa se adequar para chegar ao mercado. É um produto como outro qualquer. E acho que algumas mudanças são benéficas. É possível que eu topasse algumas mudanças, mas nada que comprometesse demais minha personalidade ou a da banda. Tipo, de “banda Manzuá” para dupla sertaneja “Brisa e Laísa”. Isso não!

O suposto novo sub-genero do rock, happy rock, que tem impregnado as emissoras de tv e rádio no Brasil, atrai seu olhar? Qual sua opinião sobre essa nova tendência?

Happy Rock? O que é isso? Tipo Restart? Se for, bem, admito que atraiu meu olhar sim. Para a curiosidade! (risos). Acho que é coisa de geração. Normal! Com 12, 13 anos eu também tive as Spice Girls, os Hansons, minha irmã teve os Menudos e o Polegar. Se a gente colocar todos eles em um paredão, são tão esquisitos quanto o Cine e o Restart. Como eu tenho 23 anos, pra mim é abominável. Mas tenho certeza que se eu tivesse 12, ia ser fã desses caras. A não ser que meu irmão fizesse alguma coisa pra impedir. (risos).

Qual o gênero musical está impresso em você?

Uma mistura de rock com samba e música de terreiro. Se tiver peso, ou batucada, ou as duas coisas juntas, me conquista!

Você acha que a simplicidade faz o artista?

Depende! Tem muito escroto por aí, talentoso pra caralho (ou não) que chega lá e vice-versa! Penso que se o cara, além de talentoso, for simples, ele só tem a ganhar. Não que a simplicidade seja a chave para o sucesso e o reconhecimento, mas acho que serve para um benefício interior e individual.

Se tudo der errado você vira... comunista. Já disse!

Quais são os dez álbuns da sua vida?

Oh peste!!!

Jagged Little Pill - Alanis Morissette

Ten - Pearl Jam

V - Legião Urbana

Palhaço do Circo sem Futuro - Cordel do Fogo Encantado

Ventura - Los Hermanos

Parachutes - Coldplay

Morning View - Incubus

Braseiro - Roberta Sá

Saliva-me - Zéu Brito

De Rolé - Manzuá.. se Deus quiser (risos).

domingo, 22 de agosto de 2010

Ouçam: Parabólica

Pra quem não conhece, vale a pena ouvir o som da Parabólica. A banda é composta por: Luan Caldas (bateria) - Cristiano Balla (voz) e Jonatas Vilas Bôas (baixo). Misturando: Rock, Reggae, Baião, Pop, MPB, entre outros ritmos. Segundo os integrantes o objetivo do projeto é o divertimento, então, boa diversão.



http://palcomp3.com/parabolica/#

Poesias, devaneios, e utopias

O que seria o fracasso, se não um passo em falso em busca do sucesso?

Mas o fracasso não é um estado que se deva estagnar, é apenas um momento em que a gente deve parar pra refletir qual atitude nos trouxe até a merda em que estamos depois levantar se limpar, erguer a cabeça, e seguir adiante.

Vejo tantos fracassados passando na televisão, mas opa espera ai, estar na TV não é o sucesso que muita gente imagina e sonha em ter?

Sei lá eu só queria gravar um CD, mas sintetizando rapidamente porque ninguém quer ler um texto imenso. Se você se olha no espelho e vê um cara fracassado pense que tem muita gente que esta “abalando” e é um merda, boçal e burro que tem um pai rico e colocou ele no domingão, se sua banda não deu certo, cara é foda porque você vê tanta porcaria passando na rádio, e pensa: “droga porque eu não nasci com um pai rico?!”. Porque ai sim meu camarada o sucesso bateria na sua porta e você não acordaria de ressaca se achando um fracassado, mesmo tendo feito um som "difude" no bar da esquina, mas acordaria de ressaca, tendo passado no domingão, sei lá acho que aparecer no domingão é coisa de fracassado, na verdade.

Por: Rafa Pin, vocalista da Severina Groove.




"Não sei, todas as bandas que eu fundei acabaram (risos). No meio que eu toco, 80% vivem de música, então é um trabalho como outro qualquer,
dai pra ficar, só rolando grana. Mas uma leva a outra, tocar rock, eu gostava muito, tinha prazer,hoje, eu toco em banda baile,
meu incentivo é o dinheiro, vei.. bote fé, (risos) mercenário" (risos).

Victor Schaeppi, guitarrista da Beat balla, falando sobre motivações na trajetória musical.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Alô! Oi! Som! Teste!

A partir de agora, você vai ler, ouvir, e ver, muitos artistas itabunenses
expondo seus pontos de vista, seus descontentamentos, seus lados lúdicos e protestantes
de maneira branda ou não.. e é claro
aquilo que motivou a criação desse blog: Música!
Faltam coisas, sobram outras, mas todo começo é imperfeito
agradeço sua visita
e seja-bem vindo quem vier por bem.

Bandas que deveriam voltar: Drink de Mandrak

Entre milhares de bandas que surgem constantemente no cenário grapiúna, uma bastante popular entre diversas tribos foi a Drink de Mandrak. Pra quem se pergunta: “O que aconteceu com o projeto?” Bruno Vela, o vocalista da banda, responde.

Por que a Drink de Mandrak acabou?


"A banda acabou porque a galera “espalhou”. Até tentei tocar o projeto com outros caras, mas não deu certo. Na verdade a gente só ta de férias, qualquer coisa estamos aí".



Composição do mês: Km 73 - Afasia

A banda itabunense surgiu em 2009 com letras fortes, que vão de protestos a estilos de vida. A canção “Afasia” (letra e música) por Tairone (responsável pelos vocais) é um exemplo de força e ao mesmo tempo sutileza no quesito ataque o alvo certo. Ainda completam o time: Tinho (bateria) e Toni (guitarra).

Ps: Na época que o video foi gravado, Peu era o baixista e Deivison o guitarrista.



Escrever um texto sobre: Fama instantânea


A regra mais básica do mundo é: “O ônus sempre vem com o bônus”.

Os dias passam, e cada vez mais alguns seres racionais se vendem por uma chance em horário nobre, independente da notícia: mulher que engravidou de cantor Sertanejo, homem que descobriu traição e postou no twitter, BIG BROTHER!

Na maioria das vezes o sucesso é tão estrondoso, quanto passageiro. Ao invés de batalhar, e se matar, e dar o máximo de si, as criaturas que sonham em aparecer nas capas das revistas, investem mais numa notícia bombástica, do que numa notícia que os segure por muito tempo na mídia. Óbvio, o motivo é aparecer, não importa sendo o quê.

Então o programa acabou, você não aparece mais na TV, os patrocinadores mandaram você pastar, você pergunta a alguma pessoa na rua se ela te reconhece, ela diz: “Não foi você que se esbarrou comigo no ônibus?”

Depois do esquecimento começam as tentativas - na maioria das vezes frustradas - de voltar pra o show cruel buzziness. Humilhação e apelação fazem o cardápio de vários programas que se aproveitam disso.

Para ser famoso, tem que ser centrado, e manter os pés no chão, mesmo que o mundo chame seu nome e você não consiga ir tranquilamente ao shopping.

Quanto vale a fama?

Aceitação ou “voyeurismo”?

Viver tocando/atuando, se divertindo, viajando o Brasil inteiro, ficando famoso, e ainda ganhar por isso, quem não quer?

EEEEUUU!!! Digo.. eu quero, eu acho.

Portanto, se você sempre usa aquela frase: “Eu não quero brilhar, eu apenas quero que as pessoas reconheçam meu talento, ouçam minha música, me elogiem quando eu estiver atuando”, então não saia da sua cidade, fique pra sempre nos barzinhos, nunca saia do underground, porque se você virar um astro e tudo isso acabar, uma coisa é certa, você com depressão, você na Sônia Abrão.

Música própria: Natasha - O dom de viver

A banda formada por: Highlander (vocal), Pedro (guitarra), Diego (baixo) e Bruno (bateria), acabam de gravar a música “O dom de viver”, a primeira do cd “Cinco horizontes”. Logo abaixo, o baixista da banda comenta como foi a gravação em estúdio, e mais detalhes sobre o trabalho.


"A sensação de entrar em um estúdio é realmente inexplicável, todo aquele equipamento que você nunca fez idéia que existia, toda a ansiedade pra ver o trabalho pronto.

Quando começamos a gravar "O Dom de Viver" não tínhamos a música totalmente pronta, tínhamos apenas o que posso chamar de "esqueleto", durante as gravações foram surgindo os riffs, solos e a pista de baixo.

Não aconselho a fazerem isso, o ideal é chegarem com tudo pronto e meter o cacete na gravação.

Pra quem está querendo gravar seus trabalhos eu aconselho escolher um estudio de confiança e que esteja disposto a por as idéias da banda realmente nas músicas, é importante.

Bem, a música o dom de viver tem como tema principal a idéia de que se você quiser ser alguém melhor, seja pessoal, como profissional, você tem condições de fazer isso, não precisa ser alguém especial para conseguir esse mérito. Nela existem também várias misturas de estilos, que realmente eu não sei definir (risos).

É isso, espero que gostem do nosso trabalho e em breve estarão prontas as canções "Cinco Horizontes" e "Green Valley" pra galera curtir.

Valeu".

Diego, baixista da banda Natasha








quinta-feira, 22 de julho de 2010

ENTRE e veja alguns pontos de VISTA

O entrevistado dessa quinzena é o grande Marcus Vinícius, guitarrista da banda Cyper. Conheça suas opiniões, suas implicações e seu gosto musical, entre outros assuntos que você só vai saber se continuar lendo.

Tocar pop/rock aqui em Itabuna já é complicado, quanto à aceitação do público. E tocar metal no sul da Bahia?

Marcus: É ainda mais complicado, pois enquanto os chamados “Metaleiros” continuarem com essa imbecilidade de querer viver uma tal filosofia, onde eles acham que ROCK é sinônimo de Anarquia, anti-sociedade, preconceito (acredite ou não apesar dos que já sofremos, dentro do próprio ROCK existe muito mais preconceito por parte dos próprios, uns com os outros) e até Vandalismo. A sociedade continuará a nos ver de maneira cada vez mais negativa, fechando mais e mais as portas para a divulgação do nosso trabalho. Fora termos tido a infelicidade de nascer numa terra onde o cenário musical vigente é tão medíocre: Axé, Pagode, Arrocha; Ou seja: “1x0 pra eles” já nascemos em desvantagem.

O metal assim como outros subgêneros do rock, é dividido em vários outros subgêneros. Qual o seu preferido?

Marcus: É muito difícil definir algo, pois estou sempre ouvindo muita coisa, atualmente tenho ouvido muito “HARD ROCK” & “HEAVY METAL” (DR.SIN, DIO, MALMSTEEN, JEFF SCOTT SOTO, TALISMAN, DEEP PURPLE, STEVE VAI, SATRIANI, VAN HALEN, BLACK LABEL SOCIETY) e outras coisas que não vem na mente agora.

Qual sua maior inspiração na música?

Marcus: Quando comecei a tocar, e o que me inspirou a tocar de verdade foi o “MARK KNOPFLER” do DIRE STRAITS, e foi aí que decidi ser Guitarrista-Solo. Depois caiu na minha mão um VHS de um sueco maluco, um tal “YNGWIE MALMSTEEN”daí minha vida virou pelo avesso. Então um tempo depois, chega ás minhas mãos um Cd de um cara que as revistas anunciavam como : “Ele toca com as mãos de 10 homens e a alma de 1.000”, um tal de “STEVE VAI” , e finalmente foi aí que descobri que eu teria que aprender a tocar Guitarra...

“STEVE VAI” é o cara que me inspira.

Você ainda acha que o rock pode salvar o mundo, ou isso foi só uma fase?

Marcus: Acho que sim, mas depende muito de quem ouve e do que ela leva consigo sobre as músicas. Acho que são os artistas, compositores etc, que teriam que tomar partido disso também, ao compor, gravar e tocar pras pessoas coisas positivas e não trazendo de volta letras com os seus problemas do dia-dia, como depressão, pensamentos suicidas, agressões, problemas pessoais etc; Infelizmente ainda tem muita gente por aí ganhando dinheiro em cima do sofrimento alheio, quando muitas só querem uma palavra de consolo. Acho que a maior solução para o mundo é o Amor e como transmitir esse sentimento por quilômetros e quilômetros de distância. Da única maneira que conhecemos e que não possuem barreiras: “A Música”. No Rock os principais transmissores dessa causa infelizmente morreram muito cedo: Freddie Mercury, John Lennon entre tantos outros. Atualmente tem um cara aí que ta fazendo a diferença Bono Vox do U2 e tem uma frase dele que traduz tudo isso aqui que eu disse: "Mesmo que não tenha poderes políticos,o Roqueiro entra no pequeno mundo que existe na cabeça de seus fãs e pode incentivá-los a sair de casa e mudar o que está errado ao seu redor..."

Verdade.

Tem sempre uma música que você ouve e pensa: “Eu queria ter sido o compositor dessa canção”. Qual seria?

Marcus: “Sultans of Swing” do DIRE STRAITS. É uma música do álbum homogêneo de 1979 e do 1º álbum de estréia da banda. Ela foi gravada com uma Fender Stratocaster Vintage, a guitarra é totalmente limpa com apenas um toque de compressor e reverb.. Há 11 anos eu era apenas um simples mortal qualquer com seu Di Giorgio no quarto e tentando aprender algumas musicas de revistinha, e depois que ouvi essa música minha vida mudou totalmente.

Estilo que você excluiria do mundo da música.

Marcus: Todos aqueles que não acrescentam em nada e nem contribuem de forma alguma na nossa vida e só fazem a sociedade se degradar mais do que já é degradada.

(HipHop,Rap, Funk, Pagode & bandinhas que fazem parte da trilha sonora de” Malhação”).

As pessoas que têm banda aqui na região, sempre falam sobre a “união” das bandas, mas nunca chegam a um denominador comum. Você acha que esse “problema” pode ser resolvido?

Marcus: Sinceramente? NÃO.

No início eu até achava que sim viu, já fui muito otimista com relação a isso, mas felizmente acordei para a dura e límpida realidade.

Apesar de termos aqui no nosso cenário muita gente talentosa, o que não falta aqui também é muita gente boçal e arrogante que não vê nada mais a não ser o que está entre os olhos e a boca e o que está dentro das calças..somente.

Aqui e em todo lugar é claro, existe um fator “X” que sempre está presente e denominaria tudo: A Inveja.

Enquanto esse sentimento prevalecer no cenário musical daqui de Itabuna nada vai mudar e as portas estarão sempre fechadas, pois fulano não quer que a banda de cicrano toque no mesmo evento que a dele com medo da galera gostar mais da banda de beltrano, e assim sucessivamente. Sabemos que tem muita banda legal por aqui entocada e que ainda não apareceu no cenário por conta justamente disso, estrelismos de certas bandas e componentes, boicotes e falta de espaço e oportunidade. Sabia que projetos terminam ou nem começam por falta de um simples local de ensaio? Complicado...Complicado...

Mas não é todo mundo que não presta não, é importante citar um cara que ta fazendo muita diferença aqui no cenário que é o brother Highlander vocalista da banda Natasha, que tá sempre aí correndo atrás de eventos, fazendo e acontecendo. Outro grande cara que tá também aew inovando bastante é o próprio criador deste blog nosso amigo, polêmico, filósofo, editor-chefe e psicoterapeuta Rilson (rsrsrsrs) atualmente também vocalista da Roma Negra, que anda tendo aí grandes e inovadoras iniciativas pra dar uma movimentada nesse cenário mais ou menos daqui, são de caras assim que estamos precisando. Se Itabuna tivesse uns 10 Rilsons e uns 10 Highlanders o cenário musical de Itabuna City seria outro.

Quais os dez álbuns que estão sempre na sua playlist?

Marcus: Vou deixar claro aqui que citarei as bandas que me influenciaram a me tornar o músico que sou hoje, tanto como guitarrista, tanto como ouvinte também. Existem muitas bandas que gosto, mas muitas mesmo, que não estão citadas aqui, porque justamente eu queria homenagear essas bandas e artistas que fizeram de mim o que sou hoje e que me acompanharam desde meus primeiros acordes até os meus momentos de profunda introspecção.

DIRE STRAITS (1979) – DIRE STRAITS

(Foi onde tudo começou. Às singelas pinceladas de Country & Blues de Mark Knopfler na sua Fender Stratocaster, que me levaram para o outro mundo das cordas: a Guitarra.)

GUNS N´ROSES - USE YOUR ILLUSION I & II (1992)

(Guns… minha primeira camisa de Rock… tinha a letra de Patience atrás.. Slash e sua guitarra de 2 braços... meus primeiros solos de guitarra tirados no violão.. minha primeira visão sobre Sexo, Drogas e Rock n´Roll!!!)

YNGWIE MALMSTEEN – LIVE IN LENNINGRAD (1989)

(Um tremendo soco na boca do estômago, nunca tinha ouvido o cara e já caiu direto na minha mão um VHS com o show completo + uma vídeo aula pra assistir, não me esqueço disso até hoje. Foi onde vi o quanto “tocar” deveria ser levado a sério).

VAN HALEN – RIGTH HERE RIGHT NOW (1993)

(Na mesma época em que tive meu primeiro contato com a música do Malmsteen tive contato com o Eddie, e foi através desse show que vi o quanto era divertido ter uma banda de Rock e tocar pra milhares de pessoas e foi onde aprendi a estudar e a aperfeiçoar a técnica de tapping. “Eruption” fez meu cérebro escorrer por entre as orelhas.)

STEVE VAI – PASSION AND WARFARE (1990)

(Foi onde tudo mudou... Acho que não há ninguém no universo que traduza tão bem esse elo existente entre o Homem e a Guitarra quanto o Steve. É inexplicável as coisas que ele faz... sua expressividade, seu lirismo, e feeling sem iguais. Completamente ABSURDO!!!)

B.B KING – LIVE IN COOK COUNTY JAIL (1971)

(Foi o primeiro contato que tive com o Blues na minha vida, até então eu tava meio que deslumbrado com minha mais recente descoberta que era essa onda meio “shred”, então o feeling e todas aquelas notas marcantes e a voz rôca do grande Rei do Blues B.B. King, chamaram minha atenção para o quão importante era ter feeling acima de tudo na música e despertou também meu amor imortal pelo Blues.)

JOE SATRIANI – SURFING WITH THE ALIEN (1987)

(Mestre dos Mestres. Era tudo novo pra mim, melodias marcantes, foi uma descoberta de mais técnicas para meu dicionário e um virtuosismo sem igual. “Satch Boogie” e “Midnight” são fenomenais.)

DR. SIN – DR.SIN II (2000)

(Impressionante que justamente foi esse o primeiro Cd da banda que eu ouvi. Eu já tinha ouvido falar do Edu Ardanuy o guitarrista e da sua banda em geral o Dr.Sin; fiquei sem entender nada e ainda mais sendo uma banda nacional até então eu só conhecia Angra e Sepultura, mas aquilo pra mim era novo; Pra ficar ainda melhor os vocais do Michael Vescera que eu conhecia dos projetos com o Malmsteen. Simplesmente melhor guitarrista Edu e melhor banda de Rock do Brasil: DR.SIN.

QUEEN – LIVE IN WEMBLEY STADIUM (1986)

(Foi o primeiro contato ao vivo que tive com os Deuses do Rock. Brian May e suas frases melódicas e uma pegada impressionante. Roger Taylor e uma rítmica impecável, sem esquecer as perfeitas linhas de baixo de John Deacon. Sem falar no maior frontman de Rock que o mundo já viu e que nunca mais veremos outro igual: Freddie Mercury. Freddie é inigualável. Todos aqueles que amam a música deveria escutar Queen.)

JEFF SCOTT SOTO – LOST IN TRANSLATION (2004)

(Apesar de ter conhecido esse excelente vocalista á apenas alguns anos, me tornei um fã incondicional do seu trabalho, seja na época com o Malmsteen, seja na carreira solo ou com o Talisman outra grande influência minha. Ele despertou meu interesse em cantar e trabalhar minha voz. Jeff é com certeza um dos maiores vocalistas de Rock de todos os tempos juntamente com Dio, Coverdale, Steve Perry, e Freddie Mercury.)

Despeço-me e agradeço desde já pela oportunidade, viveríamos num mundo bem melhor se as pessoas respeitassem mais o ser humano.

Meu pai me disse uma frase que me marcou muito e que guardo até hoje:

“O HOMEM NASCE IGNORANTE E É NESCESSÁRIO ANOS NA SUA VIDA PARA QUE ELE SE TORNE APENAS ESTÚPIDO”.

Que possamos ser melhores que isso.

Grande Abraço!