segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Alô! Oi! Som! Teste!

Oi!
Espero que tenham curtido os posts anteriores, e goste ainda mais das coisas que você vai ler e ouvir a partir de agora.
Muitas pessoas têm solicitado a participação aqui, e eu vou escrever o que sempre digo: mande os textos sobre o tema que quiser, que eu publico. É óbvio que eu não preciso especificar o "que quiser".
Por motivos que não precisam ser citados aqui, a postagem que seria quinzenal, acabou sendo mensal.
E lá vamos nós outra vez, com muitas palavras, protestos, opiniões das mais diversas.. e muita música, é claro.
Seja bem-vindo quem vier por bem.

Bandas que deveriam voltar: Spring Garden

Entre "milhares" de bandas que surgem frenquentemente por aqui, entre as que conseguiram se destacar estava a Spring Garden. Composta por: Eduardo (voz), Bruno (bateria), Jacob (baixo) e Nailton (guitarra), a banda teve várias de suas músicas tocadas no rádio, e até bandas das cidades vizinhas "coverizando" suas canções.

Por que a banda Spring Garden acabou?

Bruno responde: "A banda teve seu fim por motivos de tempo dos músicos, de um lado trabalho, e por outro, estudos. E pra consolidar mesmo o fim da Spring Garden, Eduardo (vocalista) mudou de estado provocando o fim da banda definitivamente, e eu não quis substitui-lo, porque a banda já tinha sua identidade e mudar não seria o meu propósito"

Forasteiro - Ariel Fernando

Breve análise da música alternativa Ilheense

Antes de opinar com esta análise, peço permissão para apresentar-me. Meu nome é Ariel, sou instrumentista e já participei de várias bandas de Rock e Heavy Metal na minha cidade natal, São Luís-MA, que deixei em busca de novas oportunidades acadêmicas e profissionais, e vim parar aqui na região sul-baiana, com uma boa carga de experiência musical, porém um anônimo num lugar onde tive que começar a carreira novamente. Retornar aos palcos estava difícil. Depois de bastante tempo procurando músicos que encaixassem propostas, recuperando meu equipamentos que eu havia vendido por conta das mudanças de cidade, finalmente consegui me tornar baterista da banda de rock Enttropia. Porém as dificuldades estavam apenas atingindo um nível maior e enfim, o começo da história vai se misturando com a proposta inicial de escrever um texto sobre a música alternativa aqui em Ilhéus, e porque não Itabuna. Um dos primeiros obstáculos sempre foi arranjar um lugar para ensaiar, ainda mais numa cidade “não muito ativa” nesse mercado musical.
Construí meu próprio estúdio, col
ando caixas de ovo e espumas num quarto vago da minha casa alugada. Os ensaios pelo menos fluíram. Em pouco tempo estávamos prontos pra tocar. Mas tocar, onde? Onde estavam os eventos? Desde que cheguei, em 2007, o maior suspiro produtivo das bandas locais, na minha opinião, foi o Festival Chocolate Groove, embora não totalmente satisfatório pois não manteve acesa a chama do movimento cultural alternativo como deveria. Além disso, somente eventos ora totalmente underground, com produções ‘armengadas’, ora totalmente contraditórios à proposta da alternatividade musical, expondo bons artistas a troco de nada em nome de sua marca. Eu já sabia que no nordeste inteiro as coisas eram difíceis para músicos alternativos, mas a coisa aqui poderia ser diferente, devido à proximidade com a região sudeste e o incrível trânsito de pessoas forasteiras. Engano meu. Como muitas cidades do interior, a mentalidade geral rejeita os estilos musicais alternativos como Rock, Metal, Hip Hop etc. Desde quando cheguei em Ilhéus, ficava me perguntando porque a cidade não tinha um circuito alternativo consolidado; não é por falta de artistas, não é por falta de público. Existiam bandas, afinal. E pessoas querendo se divertir. Cadê o empreendedor pra explorar isso? E não demorou muito pra entender o nível em que estava essa região no quesito profissionalismo. Não existem produtores alternativos experientes nessa área. Sequer uma aparelhagem de som acostumada com shows de rock estava acessível. Mas qual era o problema central afinal? Simples. O senso comum dessa região acha que roqueiros, metaleiros, regueiros e rappers são a escória do mundo musical. Amadores, no estrito sentido da palavra. Os músicos de outros estilos têm o direito de ter seu contratinho assinado, ganhar seu dinheirinho em porta de bares, terem todos os espaços abertos para suas produções. Nós da música alternativa não. Somos doidos fazendo barulho, e não música, para outros doidos. O que faz uma pessoa preferir pagar dezenas de reais em artistas de axé e afins, que vêm de fora com suas megaproduções, ao invés de pagar 5 conto numa produção alternativa de músicos locais de rock and roll por exemplo? Foi simples entender a resposta. Com a realização da minha primeira produção de um show por aqui pude perceber que qualquer produtor, não sentiria confiança no público, pois ele tem resistência com esse tipo de produção; pela falta de experiência. Isso se reflete no medo dos patrocinadores, e consequentemente falta de recursos para manter o nível de produções contínuo. Se não há produtores confiantes, não há shows, as bandas não evoluem e isso não atrais mais público, sem alimentar a engrenagem da contracultura local. O ciclo da música alternativa não gira se todos os fatores não contribuem para isso. O público vai preferir outros atrativos, digamos, mais “populares”. As bandas não vão sair do amadorismo. Os produtores não vão querer tomar prejuízo. E sem a ousadia de todas essas partes, o destino dos músicos alternativos dessa região vai ser sempre: ficar trancafiado em garagens e estúdios tocando, enquanto o público prefere pagar mais por produções mais bem elaboradas, mas cujo foco não é necessariamente o prazer musical, e sim o lucro dos produtores, que na maioria das vezes, nem daqui são. Na minha opinião a solução vem de dentro de nós, artistas, músicos, de artes que não pagam jabá, não são feitas por amor ao dinheiro e sim amor à própria arte. Não podemos aceitar esse desprezo pela nossa profissão (que devido a falta de pagamento muitas vezes se transforma em hobby). Façamos nós mesmos nossa própria profissionalização, nossa própria produção, visando pelo menos, reconhecimento, se o lucro não for possível. Filosofia do Faça-você-mesmo. Somente com o reconhecimento do público, os locais de eventos e os produtores vão entender que existem profissionais competentes dentro do Rock, do Heavy Metal e outras vertentes não favorecidas da música. As ferramentas como a internet nos ajudam a divulgar e buscar informações. E com uma dose de sorte, o público vai se renovar e passar a entender que seu dinheiro será bem investido, que o retorno virá com mais empolgação das bandas, mais capricho nas produções e que vale a pena investir no que é daqui. O músico alternativo precisa entender que neste mercado não existem concorrentes, e sim colegas de profissão, pois se uma banda cresce, o cenário todo cresce e as outras bandas evoluem junto. Tá todo mundo lascado mesmo, porque não se unir? Ninguém vai ganhar mais ou menos com isso (Aliás, existe algum rockstar grapiúna que se sustenta com música?). Não podemos é continuar aceitando contratações de boca, descaso com a qualidade de estrutura e sonorização, dentre outras escravizações. Deixo para os que estão lendo, a idéia de fazer uma associação de bandas, compartilhando modelos de contrato, piso mínimo de pagamento por apresentação e autogestão dos eventos, troca de idéias sobre projetos de captação de recursos, etc. Penso que só isso fortaleceria a contracultura sul-baiana. Basta se organizar, mostrar que somos profissionais de verdade e não animais barulhentos, que os donos de estabelecimentos de entretenimento vão perceber que somos, apesar de tudo, uma boa fonte de renda pra eles. E nós ganhamos espaço com isso. Conseqüentemente o público dará mais credibilidade às produções locais, e vai ousar sair à noite pra ouvir música boa e investir dinheiro nas coisas boas, e alternativas, da vida.


Ariel Fernando

Música própria - Roma Negra - Vendaval

A banda Roma Negra é composta por: Rilson Dantas (voz) - Sérgio Carvalho (guitarra) - Moisés (baixo) e Wagner Silva (bateria). Pra quem ainda não ouviu, essa é a primeira música de trabalho da banda, que está tocando todos os dias na rádio Morena fm. Esse clipe foi feito com fotos da primeira apresentação da banda na Tv Santa Cruz, no jornal Bahia meio-dia. Fotos de Márcia Mascarenhas, "tiradas" direto da televisão.

Ps: O baixista na época da gravação era o grandioso Valmar Cardoso.
Ps2: Escrevo no blog, e ainda não havia puxado "uma sardinha" pra minha banda, sacanagem.



Composição do mês: Tio Maruzo - Paredão

"No dia 18 de abril de 2006, a banda Tio Maruzo dá inicio às suas atividades musicais na cidade de Itabuna Ba. O projeto foi formulado por Saulo Leal em meados de 2003, teve formações efêmeras ao longo dos anos de 2003 e 2005. Em 2006 ganhou a adesão de músicos fixos que se manteve até julho de 2008. Entre os anos de 2006 e 2008 a banda pôde gravar"... - Saulo Leal.

Escrever um texto sobre: Desabafos repetitivos


Os carentes só são carentes, porque acham pessoas que alimentam sua carência. Se um indivíduo chegasse pra você e dissesse: "Essa vida é horrível, eu vou me matar"
e você: "Olha, se é o que você quer..dou o maior apoio"
ou então: "Ninguém gosta de mim"

e você: "Pior que é verdade, você é uma das pessoas mais rejeitadas do mundo"

Eu duvido muito que esse ser cheio de melancolias ia encher teu saco de novo.


As pessoas só nos dizem coisas, ou pedem conselhos, porque já sabem o que vão ouvir.

Você não vai pedir conselhos sobre sexo pra um padre, nem tão pouco perguntar pra um militar
se você deve, ou não, fazer justiça com as próprias mãos.

Então, você vai ficar muito mais tranquilo, se surpreender gente dessa estirpe e dizer coisas que nem você mesmo esperava.

Conversar com um amigo sobre seus problemas é muito normal, mas chorar lágrimas repetidas sobre um "motivozinho" qualquer, tenha paciência. Portanto, quando for me alugar se prepare, você vai ouvir
algumas coisas das quais você pode não se livrar tão cedo.

Quer uma dica?

Desabafe com o travesseiro.

ENTRE e veja alguns pontos de VISTA


A entrevistada dessa quinzena é a cantora e comunicóloga, Laísa Eça. Conheça suas opiniões, suas implicações e seu gosto musical, entre outros assuntos que você só vai saber se continuar lendo.

Como e quando começou seu “gosto” pela música?

Eu sempre disse: “Ah, meu irmão é músico e me incentivou e talz...” mas a verdade é que comecei com Xuxa, É o Tchan, Chiquititas, Sandy e Júnior e coisas do tipo. Adorava ficar cantando e dançando na sala. Quando tinha coreografia então, eu me esbaldava. Mas fui crescendo e aí entrou a participação do meu irmão que estava sempre procurando videoclipes que pudessem chamar minha atenção e me fazer esquecer o “É o Tchan”. E ele bem conseguiu com o clipe “Ironic” da Alanis Morissette. Invoquei que queria cantar igual a ela e aprender todas as músicas. Eu tinha 11 anos.


A banda Manzuá “ganhou” em segundo lugar como melhor banda com mais de trinta concorrentes, você e Brisa dividiram o prêmio de melhor intérprete no festival Multiarte, pela FICC. Qual a sensação de ter seu trabalho reconhecido?

Bom demais! Não tem coisa melhor do que estar em um palco tocando, cantando e ver que o público está curtindo a apresentação, cantando junto, aplaudindo no final. Isso faz com que a gente acredite cada vez mais no nosso trabalho e procure estar sempre evoluindo. A gente busca melhorar as apresentações, uma após outra. O prêmio foi uma surpresa! A gente se inscreveu no festival com o simples objetivo de mostrar o nosso som a quem estivesse naquele auditório. Sinto que conseguimos! A premiação foi um detalhe a mais. Muito bom, diga-se de passagem! (risos)

Você mudaria completamente seu estilo (músicas, roupas, comportamento) por um contrato numa grande gravadora?

Rapaz...pergunta difícil! Eu estou sempre mudando. A idéia de mudar não me assusta muito. As vezes até sinto um impacto, mas acostumo logo! Agora mudar por causa de um contrato eu não sei dizer. Detesto tudo que me obrigue a fazer algo que não gosto. Mas também não quer dizer que não faça. Se tratando de banda, sei que muita coisa precisa se adequar para chegar ao mercado. É um produto como outro qualquer. E acho que algumas mudanças são benéficas. É possível que eu topasse algumas mudanças, mas nada que comprometesse demais minha personalidade ou a da banda. Tipo, de “banda Manzuá” para dupla sertaneja “Brisa e Laísa”. Isso não!

O suposto novo sub-genero do rock, happy rock, que tem impregnado as emissoras de tv e rádio no Brasil, atrai seu olhar? Qual sua opinião sobre essa nova tendência?

Happy Rock? O que é isso? Tipo Restart? Se for, bem, admito que atraiu meu olhar sim. Para a curiosidade! (risos). Acho que é coisa de geração. Normal! Com 12, 13 anos eu também tive as Spice Girls, os Hansons, minha irmã teve os Menudos e o Polegar. Se a gente colocar todos eles em um paredão, são tão esquisitos quanto o Cine e o Restart. Como eu tenho 23 anos, pra mim é abominável. Mas tenho certeza que se eu tivesse 12, ia ser fã desses caras. A não ser que meu irmão fizesse alguma coisa pra impedir. (risos).

Qual o gênero musical está impresso em você?

Uma mistura de rock com samba e música de terreiro. Se tiver peso, ou batucada, ou as duas coisas juntas, me conquista!

Você acha que a simplicidade faz o artista?

Depende! Tem muito escroto por aí, talentoso pra caralho (ou não) que chega lá e vice-versa! Penso que se o cara, além de talentoso, for simples, ele só tem a ganhar. Não que a simplicidade seja a chave para o sucesso e o reconhecimento, mas acho que serve para um benefício interior e individual.

Se tudo der errado você vira... comunista. Já disse!

Quais são os dez álbuns da sua vida?

Oh peste!!!

Jagged Little Pill - Alanis Morissette

Ten - Pearl Jam

V - Legião Urbana

Palhaço do Circo sem Futuro - Cordel do Fogo Encantado

Ventura - Los Hermanos

Parachutes - Coldplay

Morning View - Incubus

Braseiro - Roberta Sá

Saliva-me - Zéu Brito

De Rolé - Manzuá.. se Deus quiser (risos).

domingo, 22 de agosto de 2010

Ouçam: Parabólica

Pra quem não conhece, vale a pena ouvir o som da Parabólica. A banda é composta por: Luan Caldas (bateria) - Cristiano Balla (voz) e Jonatas Vilas Bôas (baixo). Misturando: Rock, Reggae, Baião, Pop, MPB, entre outros ritmos. Segundo os integrantes o objetivo do projeto é o divertimento, então, boa diversão.



http://palcomp3.com/parabolica/#

Poesias, devaneios, e utopias

O que seria o fracasso, se não um passo em falso em busca do sucesso?

Mas o fracasso não é um estado que se deva estagnar, é apenas um momento em que a gente deve parar pra refletir qual atitude nos trouxe até a merda em que estamos depois levantar se limpar, erguer a cabeça, e seguir adiante.

Vejo tantos fracassados passando na televisão, mas opa espera ai, estar na TV não é o sucesso que muita gente imagina e sonha em ter?

Sei lá eu só queria gravar um CD, mas sintetizando rapidamente porque ninguém quer ler um texto imenso. Se você se olha no espelho e vê um cara fracassado pense que tem muita gente que esta “abalando” e é um merda, boçal e burro que tem um pai rico e colocou ele no domingão, se sua banda não deu certo, cara é foda porque você vê tanta porcaria passando na rádio, e pensa: “droga porque eu não nasci com um pai rico?!”. Porque ai sim meu camarada o sucesso bateria na sua porta e você não acordaria de ressaca se achando um fracassado, mesmo tendo feito um som "difude" no bar da esquina, mas acordaria de ressaca, tendo passado no domingão, sei lá acho que aparecer no domingão é coisa de fracassado, na verdade.

Por: Rafa Pin, vocalista da Severina Groove.




"Não sei, todas as bandas que eu fundei acabaram (risos). No meio que eu toco, 80% vivem de música, então é um trabalho como outro qualquer,
dai pra ficar, só rolando grana. Mas uma leva a outra, tocar rock, eu gostava muito, tinha prazer,hoje, eu toco em banda baile,
meu incentivo é o dinheiro, vei.. bote fé, (risos) mercenário" (risos).

Victor Schaeppi, guitarrista da Beat balla, falando sobre motivações na trajetória musical.